domingo, 23 de fevereiro de 2014

Plantando ventos!


O mundo vive hoje um verdadeiro caos em vários, senão todos, os aspectos: na economia, na política, na educação, na cultura, na ética, na moral, nos costumes, entre outros aspectos [sem mencionar a vida espiritual, esta abandonada pela maioria].

Nas estatísticas do IBGE o que mais cresce é o que se chama de “os sem Deus,” que subiram de 12,5 milhões para 15 milhões, entre 2000 e 2010.

O “politicamente correto”, que já foi longe demais, rege, comanda as ações, as palavras da sociedade quase que como um todo, prevalecendo a ausência da verdade para “afagar” os ouvidos alheios.

A sinceridade, o olho no olho, os alertas quanto aos perigos implícitos nos rumos que o mundo está se enveredando são evitados, ninguém quer saber disso, e reprova aqueles que ainda se arriscam em dizer a verdade.

Age-se assim com vistas a uma “agradabilidade” falsa, aparente, momentânea e contrária aos ensinos bíblicos, deixados pelo Senhor Jesus, do “seja, porém, a tua palavra: sim, sim; não, não. O que disso passar vem do maligno” (Mt 5 37).

No entanto, na contra-mão, os poderes constituídos se engalfinham em palavras inamistosas já não mais se sabendo as atribuições de cada qual; o executivo legisla [Medidas Provisórias], o judiciário dita normas, o legislativo é cooptado para fechar os olhos e tudo passa a ter uma aparência de lícito.

Domina a ilicitude, os réus ganham espaço na mídia para se contraporem, para ofenderem aos seus julgadores, os quais, entre si, se atacam veladamente; um aprova benesse para um condenado, o outro anula esse ato; são desafetos quando deveriam buscar um entendimento, um consenso, um respeito mútuo para resguardar a figura da Justiça, através de uma harmonia nos procedimentos de suas exclusivas competências.
Insatisfações, manifestações, reivindicações, rolezinhos, movimentos sociais, tudo isto é legítimo; ilegítimo, indecente, ilegal, imoral, irreverente, irracional são os “black-blocs”, o quebra-quebra, a baderna, a arruaça, o vandalismo, é a cara escondida [já não mais caras-pintadas], é a depredação, é o derruir os patrimônios público e privado.

Estamos plantando ventos, ventos só trazem tempestades, tsunamis, mortes! Sempre é preciso haver um cadáver para que as Autoridades tomem paliativas providências; isso até a próxima desgraça...

As “marcas” predominantes da maioria dos seres humanos [desumanizados], dessa nossa geração sem princípios firmes, “pré-tempo do fim”, estão elencadas na Palavra Profética de nosso Deus: egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, amigos dos prazeres” (2 Tm 3 2-4).

Estes são os ventos que estão sendo plantados hodiernamente, a colheita logo vem, e não será paz, segurança, felicidade, bondade, amor, misericórdia, não! “De Deus não se zomba, e o que o homem semear, isso ele ceifará” (Gl 6 7).

Quantas mortes ainda são necessárias para que as Autoridades constituídas levem, de fato, o assunto a sério e ponham um paradeiro em tudo isso?

A nação sofre suas carências, as famílias vão convivendo, até certo ponto, com as injustiças, com o abandono a que estão relegadas; não há mais direitos, apenas deveres?

Os impostos escorchantes são pagos, chorados, pois doem no bolso, na cesta básica reduzida por falta de recursos, e a sociedade não vê o retorno em benefícios, em educação, cultura, saúde, segurança de verdade, não mais aparentemente.

Os números são maquiados para que haja uma aparência de objetivos, índices cumpridos pela manipulação, pelo engodo, pela ausência de transparência, pela inexistência de sinceridade, de honestidade, de credibilidade.

O povo já está sedado pelas inverdades dos seus dirigentes e se acha no direito de também mentir, furtar, roubar e os princípios vão, cada vez mais, se deteriorando, sendo desprezados, esquecidos, relegados a último plano, e toda uma nação se corrompe, e a alegação que mais se ouve é “todo mundo faz!”

Não estou fazendo a apologia da insurreição, não! Não estou pregando a desobediência civil, não!

A Palavra de Deus, bússola de nossas ações, orientadora de nossos procedimentos diz que temos que respeitar os nossos patrões, bem como as Autoridades, SEJAM BONS OU RUINS, mas no momento democrático oportuno [eleições] podemos nos reunir por um ideal único: alijar os maus políticos do cenário nacional.

Sujeitai-vos a toda instituição humana por causa do Senhor, quer seja ao rei, como soberano, quer as autoridades, como enviadas por ele, tanto para castigo dos malfeitores como para louvor dos que praticam o bem (...). Servos, sede submissos, com todo temor ao vosso senhor, não somente se for bom e cordato, MAS TAMBÉM AO PERVERSO; porque isto é grato, que alguém suporte tristezas, sofrendo injustamente, por motivo de sua consciência para com Deus” (1 Pe 2  13-14 e 18-19).

Simples assim.

Edmar Torres Alves 

domingo, 16 de fevereiro de 2014

Fui ofendido!


Já ouvi de gente muito boa: você foi ofendido, ofenda! Apanhou na rua, bata também; é o nefasto retorno do olho por olho, dente por dente, mão por mão, perna por perna, desamor por desamor, ódio por ódio, injustiça por injustiça, a lei do talião [retaliação vem de talio], vingança com as próprias mãos.

A humanidade se desumanizando é um forte retrocesso aos costumes e às legislações passadas, à lei do talião que exigia “olho por olho, dente por dente”, quando, a partir do Senhor Jesus, as coisas mudaram. 

Disse ele: “amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem” (Mt 5 44), tendo dito antes “se alguém te bater em uma face, dá-lhe a outra também, se alguém pedir que andes uma légua, ande com ele duas, se alguém lhe pedir a túnica, dá-lhe, também a capa” (Mt 5  38-42 ).

No mesmo contexto, no Sermão do Monte, o Senhor Jesus diz: “Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta [não necessariamente financeira, mas de vida, de serviço], ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando faze a tua oferta” (Mt 5 23-24).

Nesse momento Ele alertou para que essa reconciliação seja feita com urgência, antes que chegue a lei, o juiz, o oficial de justiça e o prenda, de onde não poderá sair, enquanto não pagar o último centavo (v. 25-26).

Parafraseando o Senhor Jesus, e trazendo a situação para os dias de hoje, “pré-data do fim,” a situação poderia ser colocada em outros termos, qual seja, antes que o Senhor Jesus retorne para levar os seus [arrebatamento], encontrando-os nos ares, entre nuvens (I Ts 4 17), reconcilie-se com o próximo [parente ou não].

Se essa reconciliação não tiver ocorrido, por certo, os seus protagonistas serão deixados para trás, conforme o Senhor Jesus afirma na parábola das dez virgens; cinco delas, prudentes, foram encontradas com óleo nas botijas, e adentraram à festa, mas cinco delas, néscias, não tinham o óleo em quantidade necessária, e ao chegar o noivo, à meia-noite, fechou a porta e as deixou para trás, dizendo não conhecê-las (Mt 25 1-13). 

A humanidade se desumaniza, afirmei no início, e é essa a nossa situação hodiernamente, pois tivemos em duas semanas casos de pessoas que furtaram algo: um adolescente foi desnudado, açoitado e amarrado a um poste por um cadeado de bicicleta, isso no Estado do Rio. 

Poucos dias depois, em Santa Catarina, um adulto também furtou algo, e, espancado pela multidão, também foi amarrado a um poste; foram dois “quase linchamentos”, o retorno do talião: olho por olho, dente por dente, que o Senhor Jesus já revogara.

A vingança com as próprias mãos, o revide, a retaliação, a chacina, já desautorizados pelo Senhor Jesus, foram oficializados pelo Código de Hamurabi, no século 18 antes de Cristo, ou seja, há quase 3.800 anos, determinando o olho por olho, dente por dente, o que, praticamente está retornando com esses dois exemplos acima citados, que não são casos isolados.

É o retorno do desamor (Mt 24 12), é o desrespeito à Palavra de Deus, a qual outorgou princípios que trouxeram muita civilidade, muita ética, bem como implantaram bons procedimentos de cidadania nas relações humanas, conforme acima citados. 

A humanidade, que já zomba da Sagrada Escritura, volta às cavernas, traz de volta [des] princípios que o mundo ocidental todo abandonou, rejeitou em suas legislações constitucionais, códigos civis e penais, com excelentes resultados, retorno esse que deve ser prontamente desbaratado, desmobilizado, e esse é um dever nosso, como cristãos.

Nós, os cristãos, temos o dever de ensinar, pregar e testemunhar o que o Senhor Jesus ensinou, e, entre esses ensinamentos, está o que os editores da Palavra Sagrada chamam de “Oração dominical”, quando na verdade o “domus” leva-nos a tratar essa oração, do Pai Nosso, como “Oração do Senhor.”

Ele ensinou, na oração, “e perdoa-nos as nossas dívidas, ASSIM COMO nós temos perdoado aos nossos devedores” (Mt. 6  12), tendo Ele reiterado após o texto da oração: 

Porque, SE perdoardes aos homens, também vosso Pai celeste vos perdoará; SE, porém, NÃO perdoardes aos homens [as suas ofensas], TAMPOUCO VOSSO PAI  VOS PERDOARÁ AS VOSSAS OFENSAS” (Mt 6 14-15).

Já estamos vivendo dias difíceis, nação contra nação, povo contra povo, filhos contra pais, pais contra filhos; é o abandono de Deus, é o desprezo pela Bíblia, Palavra Santa do nosso Deus e Pai, é o princípio da apostasia [negação da fé], um dos procedimentos que antecedem os dias do fim, que o Senhor Jesus chamou de “princípio das dores” (Mt 24 8).

No mesmo contexto aconselha Ele: “Portanto, vigiai, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor” (Mt 24 43).

É tempo de vigília, é tempo de oração, é tempo de acordar do sono espiritual, é tempo de ação para alcançar aqueles que ainda estão fora da família de Deus (Jo 1. 12-13), pois o Pai não quer que nenhum pereça (Mt 18  14).

Simples assim.

Edmar Torres Alves - editor

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

O Céu desceu e veio à terra


O céu veio ao nosso encontro, o céu veio à terra; e se fez homem habitando entre nós; desde a primeira Palavra Profética a respeito [cerca de 700 anos antes do nascimento de Jesus] até à derradeira, a do anjo; anjo que anunciou o nascimento de Jesus, o Deus Filho, que se humilhou na forma de homem, e deu a sua vida por nós. 

E foi assim, morrendo e ressuscitando, que Ele se tornou "O Salvador", que o anjo anunciara (Lc. 2. 10-11).

Já dissemos, em outras oportunidades, que Ele não se tornou Salvador porque nasceu em uma estrebaria; nem porque surpreendeu aos sábios, quando, aos 12 anos de idade, discutiu com eles, mostrando Sua grande Sabedoria; também não foi porque nasceu da linhagem de Davi; nem tampouco porque discipulou alguns homens para serem seus seguidores e portadores da Grande Nova.

Ele se tornou Salvador porque morreu em uma cruz, em meu lugar, em seu lugar, em nosso lugar; mas não está hoje na cruz, e nem na tumba: Ressuscitou! Aleluia!

O céu vai voltar à terra, a segunda vinda de Jesus, e voltará com os convertidos a Ele [Igreja] para reinar sobre as Nações a partir de Jerusalém.

Se vamos voltar com Ele é porque, algum tempo antes, ou falecemos no Senhor [ou seja, convertidos a Ele], ou fomos arrebatados vivos, mas transformados, com corpos incorruptíveis, para o encontro com Ele nos ares, entre nuvens (I Ts. 4. 17).

Se isto ocorrer é porque fomos por Ele salvos da ira vindoura, a Grande Tribulação, anunciada por Jesus, como nunca houve igual antes, nem haverá jamais (MT. 24. 21).

Como no Dilúvio, quando os justos “foram retirados da terra”, para serem salvos da morte nas águas que assolaram o mundo: no Arrebatamento, também, serão retirados da terra os convertidos ao Senhor Jesus [Igreja].

A “arca” não visitou cada cidadão, cada família, cada grupo social, cada grupo “religioso”, cada grupo étnico, cada grupo cultural, para pegá-los a domicílio para o embarque na viagem salvadora.

Deus permitiu o embarque mediante uma aliança com Noé, que era homem temente a Deus [justo aos olhos do Senhor]; e os passageiros escolhidos por Ele foram o próprio Noé, sua esposa, seus filhos e suas noras, incluindo pares de animais [um par de alguns, e sete pares de outras espécies].

Assim será no Arrebatamento que se aproxima, Deus permitirá que sejam levados para o encontro com Jesus nos ares, entre nuvens, os convertidos a Cristo, tratados na Bíblia como “justos”, como “escolhidos”, como “santos” e diversas outras expressões similares.

A arca, conforme afirmamos, não bateu de porta em porta, mas Jesus está batendo na porta de nossos corações: “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei e cearei com ele e ele comigo” (Ap. 3. 20).

Está na nossa exclusiva dependência: temos que ouvir, temos que abrir a porta!

O Céu que já veio à terra, na presença física de Jesus, em um nascimento sobrenatural, voltará à terra, pisará o Monte das Oliveiras, derrotará o anticristo, que estará governando na época com grandes desastres e corrupção, além de uma terrível perseguição ao Povo de Deus.

A partir daí, única e verdadeira Paz haverá no mundo todo, pela presença do Salvador, do Rei, do Leão da Tribo de Judá, governando sobre as Nações, a partir de Jerusalém.

A Palavra Profética, séculos antes de Cristo, já se referia ao que acontecerá então: “O lobo habitará com o cordeiro, e o leopardo se deitará junto ao cabrito; o bezerro, o leão novo e o animal cevado andarão juntos, e um pequenino os guiará. A vaca e a ursa pastarão juntas, e as suas crias juntas se deitarão; o leão comerá palha com o boi. A criança de peito brincará sobre a toca da áspide, e o já desmamado meterá a mão na cova do basilisco. Não se fará mal nem dano algum em todo o meu santo monte, porque a terra se encherá do conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o mar” (Is. 11. 6 a 9). Em resumo, haverá a tão sonhada PAZ.

E todas essas bênçãos, toda essa Paz, toda a felicidade, todo o bem, toda a falta de choro, toda a ausência de lamentos e murmurações se darão aos Filhos de Deus, àqueles que tiveram o direito de assim serem transformados [de criaturas a filhos] a partir da aceitação pessoal e voluntária do Senhor Jesus no coração (Jo. 1. 12).

Tudo isso se dará, pela vontade soberana de Deus, e para isso orou o salmista no capítulo 144.  5, que diz: “Abaixa, ó Senhor, os teus céus, e desce”.

O céu descerá de novo! Jesus retornará conforme profeticamente anunciado, e conforme Ele próprio disse, e os seus estarão com Ele [novas criaturas], transformados, sem pecado, sem dissabores; haverá Paz eterna, a única Paz possível porque Jesus estará reinando.

É o momento de acordarmos, é hora de despertarmos do sono, é hora de vigiar e orar, é hora de ganhar outros para Jesus obedecendo ao seu mandar: “ide e fazei discípulos” (MT. 28. 19), “ide e pregai o evangelho a toda a criatura” (Mc. 16. 15); “sereis minhas testemunhas (...) até aos confins da terra” (At. 1. 8).

O fazer isso é cumprir a vontade de Deus, que “não quer que ninguém pereça, e que todos cheguem ao arrependimento [se convertam a Ele]” (II Pe. 3. 9).

Maranata! Ora vem, Senhor Jesus!

Edmar Torres Alves – editor do Sê Fiel